sexta-feira, 10 de julho de 2009

Intervenção... comentários (pessoais) finais...

Todo o processo da intervenção, desde a escolha do grupo até o resultado final, foi muito enriquecedor...
  • O convívio e a possibilidade de contar uns com os outros, buscando os mesmos objetivos...
  • As críticas construtivas (e constantes...) de colegas e professores...
  • Os verdadeiros brainstormings... e as idéias que surgiam "do nada"...
  • Descobertas de materiais e a luta para fazer as coisas funcionarem...


Quanto às coisas que deveriam ter recebido um cuidado maio e àquelas que não devem ser repetidas futuramente...
  • contar "história", raciocínio...
  • corrente elétrica...
  • registros...
  • retroprojetores...
  • cola quente...
  • soldador...
  • tomadas de 220 e 110V...

Intervenção... processo


Início de tudo

Onde executar a intervenção? Quais características o espaço deve ter? Que demandas precisam ser cumpridas? Como apresentar os objetos interativos? De que maneira incluir a perspectiva dos desenhos? Como mostrar o dossiê arquitetônico? Como integrar diferentes softwares? Como fazer a programação no Processing? Como explorar o digital? Como desenvolver os conceitos de interatividade, virtualidade e polivalência? Como?

Escolha

A necessidade de eleger um espaço da Escola de Arquitetura desencadeou uma série de descobertas. Um ligeiro passeio pelo prédio conduziu ao encontro com salas vazias, depósitos de aparência abandonada, laboratórios, corredores de iluminação diferenciada, escadas, enfim, dependências que, à sua maneira, possuíam potencial para a realização da intervenção.

A cantina suscitou grande curiosidade devido às suas características estéticas marcantes. Entretanto, a cozinha foi o espaço eleito. O intenso contraste entre o preto e o branco e a força que os azulejos possuíam naquele cenário era impressionante, e os três ambientes permitiam abertura para inúmeras possibilidades. Além disso, havia ainda o que se pode chamar de "mistério". Temporariamente desativada, a parte interna da cantina era desconhecida pela maior parte dos alunos, professores e funcionários e permitia ainda uma maior liberdade de trabalho para o grupo, por não ser uma área muito exposta. Pelo contrário, tratava-se de um ambiente verdadeiramente recluso, e foi grande o desejo de revelá-lo.

Idéias

O ambiente em muito contribuiu para o florescimento das idéias. Considerando que as características do espaço como cozinha realmente se sobressaíam, foi decidido que acentuá-las era a melhor alternativa. Com este objetivo, o próximo passo foi tecer uma relação entre o curso de arquitetura e o local. As primeiras inspirações apontavam para o processo criativo, presente tanto na cozinha quanto na arte e na arquitetura. A linha adotada foi o ateliê, espaço de criação, produção...

Execução

O processo de planejamento, montagem e a compra de materiais aconteceram simultaneamente. O grupo foi dividido de acordo com as demandas de cada sub-ambiente, havendo ainda uma divisão de tarefas.

PRIMEIRA SALA

O objetivo na primeira sala era deixa-la o mais escura possível. Para isso, as janelas foram tampadas com papel cartão preto e as paredes e a porta de entrada, cobertas com TNT preto. A torneira foi utilizada como contribuição à idéia de explorar os sentidos. Já as tiras de persiana, uma vez pintadas de preto, foram coladas no batente da porta interna como uma forma alternativa de passagem.

O uso da luz negra permitiu destacar a folha de papel canson em meio à escuridão, resultando em um efeito bastante interessante.



CORREDOR

Inspirado em um dos objetos interativos, o corredor possuía um circuito tal que era acionado no próprio piso, constituído por doze placas, sendo que cinco delas possuíam função apenas formal. As sete demais placas eram acionadas sob a pressão do caminhar e cada uma delas permitia a emissão de uma diferente série de palavras. Tal sistema só foi possível por meio do uso de programação.


COZINHA

A cozinha envolveu um maior número de elementos, sutilezas que compunham o ambiente e estabeleciam a relação entre arte, arquitetura e cozinha.

  • Na cozinha existem três pias e duas grelhas compridas horizontais. Uma das pias recebeu rolos de papel sulfite e manteiga, além de impressões utilizadas no dossiê arquitetônico. As duas outras pias e o escorredor receberam pratos transparentes descartáveis com aplicações de stencil. Estes foram produzidos pelo grupo, com base nas construções apresentadas na disciplina de História da Arte. Já as grelhas foram preenchidas com retalhos de TNT, folhas de papel sulfite e os stencils e transparências utilizados na intervenção.
  • Na superfície interna, foram desenhadas edificações que convergiam para pontos de fuga determinados pelo próprio exaustor. Por meio do retro projetor, foi possível encontrar e traçar sobre as transparências os pontos de fuga de cada uma das quatro superfícies. Os desenhos foram então executados sobre estes modelos e depois projetados e desenhados com marcador de quadro-branco preto diretamente no exaustor. Foram acrescentados leds de baixo brilho nos cantos do exausto para uma iluminação diferenciada. Cada lado do exaustor possuía um ponto de vista específico a partir do qual os prédios se apresentavam quase sem deformação e em direção ao infinito.


  • A estufa utilizada na cantina foi transformada de forma a exibir os trabalhos executados em Desenho Projetivo. Foi utilizado papel mantega para cobrir as faces, papel cartão para formar as laterais e transparências, nas quais versões editadas dos desenhos foram impressas. O forno elétrico também foi incorporado, recebendo também um desenho e papel mantega. O mostruário possuía duas lâmpadas fluorescentes e o forno, uma, sendo que o acionamento era feito por meio de reeds switch e ímãs. Estes últimos receberam um acabamento em biscuit, representando os azulejos brancos e o rejunte preto.


  • A busca por ingredientes utilizados na cozinha que pudessem contrastar com a bancada central de granito preto acabou por eleger o arroz, tanto pela facilidade de manuseio e quanto pelo incentivo ao tato. Por meio de uma webcam, foi possível captar as imagens formadas na bancada em tempo real. A programação foi responsável pelos ajustes de alto contraste, que permitia a alteração o vídeo enviado por outro grupo e a formação de imagens.


  • Os objetos interativos compuseram parte da iluminação, lançando cores e reflexos sobre diferentes superfícies, desde os azulejos até fôrmas e panelas.


  • Pincéis, esquadros, lápis, marcadores, tintas, sprays e outros instrumentos utilizados nos campos da arte e da arquitetura conviveram com utensílios da cozinha.


Oi Futuro I

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Intervenção... bastidores? making of?

  • O trabalho em grupo aconteceu de maneira muito tranquila, desde as escolhas até as tantas tardes (e noites) que passamos juntos. Sem brigas (apesar do elevado nível de estresse...), mas com possibilidade de discutir diferentes e variadas opiniões.
  • O processing exigiu muito cuidado e dedicação...
  • O TNT na montagem e desmontagem rendeu uma quantidade de trabalho inimaginável (muita cola branca, quente, silver tape, etc... e na desmontagem.... espátulas, esponjas, facas, Veja, detergente, bombril, água, e paciência, muita paciência).
  • Alguns acidentes aconteceram, é claro... torneiras, fios, faíscas, quedas.... e renderam muitos risos...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Comentário dos objetos interativos

ANÁLISE CRÍTICA EM GRUPO
(Mariane, Marina e Nathália)
PRODUÇÃO INDIVIDUAL DO TEXTO


Jéssica - Máquina de fazer poema dadaísta

O objeto partiu de uma idéia muito interessante que uniu conhecimento e experiência. O resultado obtido também foi muito do bom, especialmente do ponto de vista estético, uma vez que o acabamento transmitia as características do poema dadaísta: pequenas partes que juntas formam um todo.

Quanto à interatividade, esta se dá de forma mais ampla no plano do intelecto, pois o acionamento do objeto é simples, mas cada pessoa pode alcançar diferentes interpretações do poema partindo do mesmo grupo de palavras obtidos por meio do funcionamento da máquina. Tendo em vista os conceitos trabalhados em aula de polivalência e virtualidade, é possível afirmar que o objeto em questão não é polivalente ou virtual, pois possui uma única função pré-definida: trata-se de uma máquina de fazer poema dadaísta. Sendo assim, o objeto é fechado se considerarmos sua proposta, porém é diverso na função que lhe foi atribuída.

Bárbara Groppo

O objeto criado permite uma grande possibilidade de interação, uma vez que não exige um conhecimento musical prévio e constrói uma ligação com a pessoa que fizer uso dele, respondendo aos estímulos recebidos e realmente envolvendo-a num universo de sons, sensações e imagens.

Em relação à virtualidade, o objeto pode alcançar um uso não previsto anteriormente, devido à abertura que possui. O grupo pensou em sua utilização em ambient display em uma maior escala e possível desconstrução.

Maria Clara

O efeito alcançado por meio das luzes e da textura criada é bem interessante. Porém, há uma limitação na interatividade, uma vez que apenas uma pessoa pode fazer uso dele. Quanto ao ser virtual ou não, permaneceu uma dúvida na discussão em grupo. Talvez o objeto possa ter suas características visuais exploradas de formas diferentes.



segunda-feira, 11 de maio de 2009

Oi Futuro

Visita ao Museu Oi Futuro

O Museu Oi Futuro apresenta-se como museu das telecomunicações e, como tal, retrata o desenvolvimento desta área ao longo da história. Por meio do uso de formas e tecnologias em certo grau diferentes, é narrada desde a chegada do telefone ao Brasil até a eleição de Barack Obama. Entretanto, a constante referência ao passado e a utilização de tecnologias já difundidas e até mesmo desatualizadas acarretam a geração de um conflito com o nome dado ao local. Futuro? Presente? Ou passado?

Definido como interativo, o museu realmente deixou a desejar neste quesito, uma vez que a interação se resume a um sistema muito próximo ao controle remoto da televisão e a escutar uma gravação longa por demais.

Ainda assim é preciso observar a maneira cuidadosa com a qual o design do espaço foi concebido.

Considerando o aspecto mais pessoal, creio que esta visita permitiu a visualização de formas alternativas de apresentar a informação, algo que foi essencial para o processo de desenvolvimento dos demais trabalhos da disciplina e ainda será muito relevante no decorrer do curso de arquitetura.

Visita ao Inhotim

Nesta nova visita ao Inhotim, foi possível confirmar minhas expectativas e a mudança na minha forma de ver as coisas nestes últimos meses.

A cada galeria, a arte apresentava suas inúmeras facetas e incontáveis possibilidades. A galeria Adriana Varejão, que eu não conhecia, possui uma arquitetura fantástica que contrasta com o entorno de jardins, matas, mas, ao mesmo tempo, o valoriza. As obras exploram as cores, formas e reflexos tanto da própria obra quanto da água do lago,de forma a enriquecer todo o conjunto.

Algo impressionante é a maneira com que as obras que exploram principalmente os recursos de áudio são capazes de sensibilizar, tocar, emocionar. O imaginar complementa os ouvidos e praticamente substitui a visão.

A ida ao Inhotim valeu cada segundo e realmente trouxe inspiração para o próximo projeto, a intervenção.