sexta-feira, 15 de maio de 2009

Comentário dos objetos interativos

ANÁLISE CRÍTICA EM GRUPO
(Mariane, Marina e Nathália)
PRODUÇÃO INDIVIDUAL DO TEXTO


Jéssica - Máquina de fazer poema dadaísta

O objeto partiu de uma idéia muito interessante que uniu conhecimento e experiência. O resultado obtido também foi muito do bom, especialmente do ponto de vista estético, uma vez que o acabamento transmitia as características do poema dadaísta: pequenas partes que juntas formam um todo.

Quanto à interatividade, esta se dá de forma mais ampla no plano do intelecto, pois o acionamento do objeto é simples, mas cada pessoa pode alcançar diferentes interpretações do poema partindo do mesmo grupo de palavras obtidos por meio do funcionamento da máquina. Tendo em vista os conceitos trabalhados em aula de polivalência e virtualidade, é possível afirmar que o objeto em questão não é polivalente ou virtual, pois possui uma única função pré-definida: trata-se de uma máquina de fazer poema dadaísta. Sendo assim, o objeto é fechado se considerarmos sua proposta, porém é diverso na função que lhe foi atribuída.

Bárbara Groppo

O objeto criado permite uma grande possibilidade de interação, uma vez que não exige um conhecimento musical prévio e constrói uma ligação com a pessoa que fizer uso dele, respondendo aos estímulos recebidos e realmente envolvendo-a num universo de sons, sensações e imagens.

Em relação à virtualidade, o objeto pode alcançar um uso não previsto anteriormente, devido à abertura que possui. O grupo pensou em sua utilização em ambient display em uma maior escala e possível desconstrução.

Maria Clara

O efeito alcançado por meio das luzes e da textura criada é bem interessante. Porém, há uma limitação na interatividade, uma vez que apenas uma pessoa pode fazer uso dele. Quanto ao ser virtual ou não, permaneceu uma dúvida na discussão em grupo. Talvez o objeto possa ter suas características visuais exploradas de formas diferentes.



segunda-feira, 11 de maio de 2009

Oi Futuro

Visita ao Museu Oi Futuro

O Museu Oi Futuro apresenta-se como museu das telecomunicações e, como tal, retrata o desenvolvimento desta área ao longo da história. Por meio do uso de formas e tecnologias em certo grau diferentes, é narrada desde a chegada do telefone ao Brasil até a eleição de Barack Obama. Entretanto, a constante referência ao passado e a utilização de tecnologias já difundidas e até mesmo desatualizadas acarretam a geração de um conflito com o nome dado ao local. Futuro? Presente? Ou passado?

Definido como interativo, o museu realmente deixou a desejar neste quesito, uma vez que a interação se resume a um sistema muito próximo ao controle remoto da televisão e a escutar uma gravação longa por demais.

Ainda assim é preciso observar a maneira cuidadosa com a qual o design do espaço foi concebido.

Considerando o aspecto mais pessoal, creio que esta visita permitiu a visualização de formas alternativas de apresentar a informação, algo que foi essencial para o processo de desenvolvimento dos demais trabalhos da disciplina e ainda será muito relevante no decorrer do curso de arquitetura.

Visita ao Inhotim

Nesta nova visita ao Inhotim, foi possível confirmar minhas expectativas e a mudança na minha forma de ver as coisas nestes últimos meses.

A cada galeria, a arte apresentava suas inúmeras facetas e incontáveis possibilidades. A galeria Adriana Varejão, que eu não conhecia, possui uma arquitetura fantástica que contrasta com o entorno de jardins, matas, mas, ao mesmo tempo, o valoriza. As obras exploram as cores, formas e reflexos tanto da própria obra quanto da água do lago,de forma a enriquecer todo o conjunto.

Algo impressionante é a maneira com que as obras que exploram principalmente os recursos de áudio são capazes de sensibilizar, tocar, emocionar. O imaginar complementa os ouvidos e praticamente substitui a visão.

A ida ao Inhotim valeu cada segundo e realmente trouxe inspiração para o próximo projeto, a intervenção.

domingo, 10 de maio de 2009

Museu Inimá de Paula

O Museu Inimá de Paula está localizado à rua da Bahia, 1201, em Belo Horizonte. O acervo é formado por obras do pintor e desenhista mineiro Inimá José de Paula, considerado o mais autêntico intérprete da chamada "sensibilidade tropical". As cores intensas e as pinceladas fartas traduzem de forma intensa e viva a cultura brasileira.

Arte Cibernética
Em exposição temporária, encontram-se obras em que "o universo da tecnologia encontrou o universo da arte".

Em OP_ERA: Sonic Dimension, de Daniela Kustchat e Rejane Cantoni, permite uma experiência permeada pela sensibilidade. Essa instalação é constituída por um cubo aberto com linhas luminosas distribuídas em sua superfície, que podem ser tocadas pelo observador. De acordo com a posição relativa do observador e o modo de interação , sons e melodias são formados, e o mais interessante é a variedade que é obtida a partir de apenas quatro caixas de som.

Na obra de Camille Utterback e Romy Achituv, Text Rain, há uma interação das projeções: o corpo dos participantes é combinado ao poema que "cai" em forma de chuva. O nível de abertura da instalação permite uma grande possibilidade de interação e um divertimento real.

Em Les Pissenlits, a sedução tanto pelas imagens quanto pela interação é intensa. O sopro do espectador definem os movimentos dos objetos virtuais, as sementes de dentes-de-leão. Os artistas Edmond Couchot e Michel Bret trazem a natureza ao universo da tecnologia.


Essa exposição contribui para a ampliação da visão acerca das possibilidades de interação que a tecnologia possui.


Obs: INTERVENÇÃO... AQUI VAMOS NÓS!!!!


Processing - trabalho com animação



Código:

float x = 0.0;
float y = 0.0;
float atraso = 0.05; // de 0.0 a 1.0

void setup() {
size(500, 500);
smooth();
}

void draw() {
background(0);
noStroke();
fill(255);
rect(50,50,400,400);
fill(0);
rect(100,100,300,300);
fill(255);
rect(150,150,200,200);
fill(0);
rect(200,200,100,100);
float targetX = mouseX;
float targetY = mouseY;
x += (targetX - x) * atraso;
y += (targetY - y) * atraso;
fill(255);
rect(x, y,80,80);
fill(0);
rect(x+20, y+20,40,40);
}

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Objeto Interativo em construção




Materiais:

  • papel paraná
  • papel cartão
  • transparências
  • pincel atômico
  • cola branca
  • cola quente
  • tinta guache
  • tinta spray
  • prato de vaso de plantas
  • tubo e peças de pvc
  • fita isolante
  • fios elétricos
  • dimmer
  • lâmpada incadescente 60W

O primeiro problema era encontrar as peças adequadas para montar o sistema giratório com três patamares. Uma ida ao depósito e uma conversa com (caridosos) funcionários resolveu tudo: um pedaço de cano de PVC e peças de encanamento (?).

O processo de construção foi muito mais demorado e trabalhoso do que eu esperava. Foram necessárias 18 peças vazadas de três tamanhos diferentes de papel paraná e a espessura desde último foi um obstáculo e tanto. Uma vez cortadas, as peças receberam papel cartão preto e foram coladas umas nas outras formando três estruturas vazadas. A peça interna e a maior receberam texturas construídas com recortes de papel cartão, e a intermediária, três transparências coloridas com pincel atômico.

O circuito com apenas uma lâmpada e um dimmer, era ligado diretamente na tomada.

Objeto Interativo Final

A estrutura giratória permite a composição de imagens por meio da sobreposição de texturas e cores. Há uma expansão do objeto por meio das projeções, que, por sua vez, interagem tanto com o ambiente quanto com o usuário.







Interior do objeto
O objeto possui alguns pontos de certa forma deficientes, como o acionamento e a interação limitada ao aspecto mais visual.

Processing... primeiro trabalho...



Código:

size(400,400); // tamanho
background(255); // cor fundo
noStroke(); // figuras sem margem
fill(0,200,250); // cor retang 1
rect (0,0,50, 350); // tamanho retang 1
fill(0,250,250); // cor retang 2
rect (70,100,20, 500);// tamanho retang 2
fill(0,150,250);// cor retang 3
rect (100,0,20,300);// tamanho retang 3
fill(0,100,250); //cor retang 4
rect (125,20,10, 575);// tamanho retang 4
fill(0,200,250); // cor retang 5
rect (150,10,20, 750); // tamanho retang 5
fill(0,50,250); // cor retang 6
rect (180,0,25, 300); // tamanho retang 6
fill(0,250,250); // cor retang 7
rect (210,5,10, 500);// tamanho retang 7
fill(0,25,210); // cor retang 8
rect (235,0,45, 350); // tamanho retang 8
fill(0,15,245); // cor retang 9
rect (285,100,20, 450);// tamanho retang 9
fill(0,100,230); // cor retang 10
rect (320,0,30, 400); // tamanho retang 10
fill(0,250,250); // cor retang 2
rect(375,20,5,400);
fill(0,0,139); // colorir os círculos
ellipse (50,50,50,50);
ellipse (150,300,100,100);
ellipse (250,350,75,75);
ellipse (210,250,50,50);
ellipse (200,100,150,150);
ellipse (400,250,90,90);
ellipse (0,125,90,90);
ellipse (350,400,90,90);
ellipse (400,0,125,125);
Obs: Que dificuldade para conciliar a visualização de código e imagem!!!

sábado, 2 de maio de 2009

Resenha - "Design: obstáculo para a remoção de obstáculos?"

No texto “Design: obstáculo para a remoção de obstáculos?”, publicado em 1988, o filósofo tcheco, naturalizado brasileiro, Vilém Flusser faz uma reflexão do objeto com base em todas as suas contradições e dualidades.

A contradição primeira consiste no fato de que um objeto é um obstáculo projetado para remover outros objetos ou obstáculos. Entretanto, como forma de ir além dessa contradição, é apresentada a visão da dualidade que o objeto possui: o lado problemático, de ser obstáculo, e o lado dialógico, de mediar as relações entre os homens.

A partir da visão do objeto, surge a ampliação do processo criativo que, por sua vez, também é perpassado por essa lógica. A criação de um objeto envolve dois pontos básicos: o design e as relações. Atualmente, o design, de caráter objetivo, tem sido quase que o centro de todo o processo criativo, resultando, segundo Flusser, no encolhimento do “espaço da liberdade na cultura”. Quanto às relações, estas correspondem ao aspecto intersubjetivo, e têm como consequencia a expansão da liberdade.

Uma vez considerada a criação do objeto, é necessário considerar também seu descarte. Esse processo traz consigo a consciência da efemeridade das formas e de como uma criação responsável pode trazer menos obstáculos e mais mediadores de homens.

O texto de Flusser transmite ao leitor a importância de uma criação responsável, do pensar nas implicações subjetivas, ainda que não seja possível supô-las em sua totalidade, pois caberá não ao criador, mas sim ao usuário encontrar novas e dantes impensadas relações.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Inhotim: impressões e expectativas renovadas

Algum tempo atrás, me foi oferecida a oportunidade de visitar Inhotim e, confesso, cedi um tanto contrariada. Depois de uma estradinha desagradável, dei com a área de estacionamento que, por si só, já é o prenúncio de que algo especial está por vir. Mais uma ligeira caminhada e estava na entrada. E que entrada!

O ambiente de Inhotim é algo totalmente diferente, inesperado.... é, sem exageros, de tirar o fôlego. O que me chamou a atenção em um primeiro olhar foi o paisagismo: são cenários maravilhosos que se descortinam a cada curva do caminho. Conceitos de Burle Marx!




É impressionante a maneira com a qual arquitetura e arte estão integradas ao meio ambiente. Construções sobre lagos, galerias em meio a matas, formas que destacam o que há de melhor na natureza que se espalha sobre todo o parque.




Em relação às obras, foi Cildo Meireles que mais se destacou. Através traz uma sensação totalmente inusitada. Caminhar sobre vidro? Em uma situação cotidiana, jamais passaria pela nossa cabeça passar sobre os cacos do prato ou copo quebrado! Já Desvio para o vermelho, esta é literalmente capaz de mexer com a nossa cabeça. 




Resumindo: ao final da visita, o mal-humor tinha passado e a sensação era pura admiração. Um lugar desses no Brasil? E em Brumadinho?

Quando olho para trás, penso no quanto minha forma de ver as coisas mudou somente nestes últimos dois meses do curso de arquitetura. Os horizontes foram ampliados e os olhos passaram a pousar sobre detalhes que antes nunca seriam notados. Agora as expectativas nessa nova visita são outras. Não se trata somente de admiração, mas inspiração e estímulo para novas idéias e projetos.