quinta-feira, 26 de março de 2009

Performance e Hertzberger



A essência da performance de nosso grupo era mostrar que muitas pessoas, inclusive nós mesmos, transitam pelos espaços sem percebê-los de fato. Tratam-se apenas de atos mecânicos. Um passar por uma casa antiga, bem conservada, sem atentar para seus detalhes tão bem trabalhados... O andar por praças e parques sem sequer observar a vegetação que os enriquecem... O subir e descer uma escada sem perceber a obra verdadeiramente escultural que ela é.

Entretanto, a transformação de um ambiente ou a contribuição pessoal de alguém pode trazer um envolvimento mais intenso não apenas dela, mas também de terceiros que, por ali passando, têm seus sentidos despertados por essas alterações. Ambientando tudo isso em nossa performance, percebe-se que o toque de papel crepon executado por duas pessoas que sentiram a necessidade de tornar aquele espaço mais "seu", afetou também outros que passavam pela escada e pelo hall. Isso é evidenciado pelas pessoas que realmente desconheciam que se tratava de uma performance e que, ao transitar pelo hall, tinham suas feições ou mesmo seus percursos alterados pelas mudanças ocorridas naquele ambiente, seja pelo número de pessoas que ali estavam, seja pelo verde acrescentado à escada.
Relacionando Hertzberger, nossa performance e a nova realidade como alunos da Escola de Arquitetura da UFMG, percebemos que um espaço ou elemento arquitetônico deve abrir espaço para que possamos torná-lo "nosso", permitir que deixemos de ser usuários, que deixemos apenas de subir e descer suas escadas, porém possamos nos sentir responsáveis por ele e tê-lo como nossa segunda (ou primeira...) casa.


segunda-feira, 23 de março de 2009

trabalhos no photoshop..... aqui estao!!


Finalmente consegui postar.....

Fusão de Mapas


Essa foi uma tentativa (frustrada...) de fundir um mapa desenhado por mim e o Google Maps. Representar 10km à mão livre e sem escala nenhuma... 

Foi interessante a oportunidade de um primeiro contato com o photoshop... quantos comandos!! 

Complexo Arquitetônico da Pampulha


O Complexo Arquitetônico da Pampulha é um dos principais cartões postais de Belo Horizonte. Rompeu com as linhas retas e conservadoras da década de 40, introduzindo as curvas arrojadas do Modernismo. Nas palavras de Flávio  Lemos Carsalade, diretor da Escola de Arquitetura da UFMG, "a Pampulha significa a maturidade e a modernidade da arquitetura do Brasil. Influenciou até mesmo os pioneiros , modificando o jeito de fazer arquitetura."

Apesar de ser hoje uma referência mundial como símbolo da arquitetura modernista, a Pampulha também foi alvo de inúmeras controvérsias. Arquitetos funcionalistas questionaram o porquê das curvas da marquise da Casa do Baile e a Igreja não permitiu, por muitos anos, a consagração da capela devido à forma nada ortodoxa da construção e ao painel de Portinari onde se vê um cachorro representando um lobo junto à São Francisco de Assis.

Photoshop

Para a matéria de Plástica e Expressão Gráfica, foi pedido uma imagem que trabalhasse com o Complexo Arquitetônico da Pampulha em escalas diferentes. No caso, foi utilizada um a escala do croqui da Casa do Baile de Niemeyer, a visão mais distanciada do antigo Cassino e atual Museu de Arte, e a perspectiva de passantes em relação à Casa do Baile e à Igreja de São Francisco de Assis. Em relação às imagens, algumas sofreram alterações nas cores, brilho, contraste, e opacidade, mas todas tiveram suas dimensões transformadas.

Referências:

http://pt.wikipedia.org
http://bhnoticias.spaces.live.com
 


domingo, 22 de março de 2009

eu nao consigo postar imagens....

Eu ja tentei postar os mapas sobrepostos e a montagem da pampulha mil vezes.... sempre fala que houve "um problema interno"! ajuda!!!!!

terça-feira, 10 de março de 2009

Discussão (aula) - Rush Hour Le Parkour (BBC)

Sabe-se que o princípio do parkour é mover-se de um ponto a outro de forma não só rápida e eficiente, mas também NATURAL e FLUIDA. 

"Everything must combine speed, fluidity, aesthetics and originality."
 (http://news.bbc.co.uk)

Se assim pensarmos, perceberemos que apenas para espectadores leigos (como eu mesma) a música utilizada no comercial da BBC entra em contraste com o parkour. Isso porque a essência dessa atividade possui total correspondência com a melodia fluida, dançante de Sway with me... É ela que traz à tona a impressão de que o parkour é algo corriqueiro, normal, enfim... natural. Ao menos para David Belle!

sábado, 7 de março de 2009

Estratégias do caminhar.....

Vagabundear? Cidade? Perambular? Consciência? Corpo? Espaço? Crítica? Circular? Influência? Arquitetura? sim................

Obs: Em pensar que a flanerie havia ficado para trás.... eis que ela ressurge!!! Acho que posso dizer que agora vejo esse vagabundear de uma forma um pouco diferente... longe da loucura, insanidade, pressão do vestibular....! Ampliando os horizontes???



Flanêur


É um indivíduo que traduz, intelectualmente, aquilo que observa nas ruas. Mais que um simples participante do cenário das ruas, o flanêur de Charles Baudelaire tem um papel fundamental na compreensão e descrição da cidade.

 

A flanerie não é apenas um perambular, um andar sem rumo pela cidade, mas um caminhar observador, consciente. O flanêur circula entre todas as camadas da sociedade, desde os salões até os becos obscuros, sendo um crítico da forma uniforme e anônima com a qual as pessoas são tratadas na vida moderna dos centros urbanos.

Parkour


É uma disciplina na qual seus praticantes se mover de um ponto a outro, atravessando todos os obstáculos encontrados pela frente, da maneira mais rápida, eficiente e natural quanto for possível.

 

O Parkour não é composto por meros movimentos, mas envolve uma filosofia que justifica sua execução. Não se trata de impressionar terceiros, mas buscar motivações pessoais.

Deriva

A deriva baseia-se na consideração do lugar urbano como algo que transcende seu espaço propriamente dito, alcançando as situações de uso que este abriga. Realizado em jornadas, entre o nascer e o pôr-do-sol, o procedimento da deriva consistia em andar sem rumo em meio à cidade escolhendo que direção tomar somente de acordo com a influência exercida pela paisagem, de forma a gerar um conhecimento interno a cada pessoa.

 

A relação desta estratégia de caminhar com o papel do arquiteto é que este não mais prevê ou controla o que irá acontecer no espaço desenhado por ele, cabendo somente ao habitante a verdadeira criação do lugar.

 

“Todo espaço é temporário, nada é reconhecível, tudo é descoberta, todas as coisas mudam, nada serve como um monumento ou marco urbano.”

                                                                                                     (SADLER, S. Op. Cit. 143)

Situacionismo (1957-1972)

Um movimento europeu de crítica social, cultural e política, o grupo dos situacionistas se definia como “vanguarda artística e política”. Tendo como uma utopia uma sociedade comunista próxima aos ideais anarquistas, o Situacionismo criticava os efeitos perversos do capitalismo, como, por exemplo, a transformação da cultura em um mero produto. Quanto ao porquê do nome do movimento, este é justificado pela idéia de que os indivíduos deveriam construir situações em seu próprio cotidiano, explorando seu potenciaL, buscando o prazer próprio e indo além da realidade mecanizada em que vivia a maior parte da sociedade.