sexta-feira, 10 de julho de 2009

Intervenção... comentários (pessoais) finais...

Todo o processo da intervenção, desde a escolha do grupo até o resultado final, foi muito enriquecedor...
  • O convívio e a possibilidade de contar uns com os outros, buscando os mesmos objetivos...
  • As críticas construtivas (e constantes...) de colegas e professores...
  • Os verdadeiros brainstormings... e as idéias que surgiam "do nada"...
  • Descobertas de materiais e a luta para fazer as coisas funcionarem...


Quanto às coisas que deveriam ter recebido um cuidado maio e àquelas que não devem ser repetidas futuramente...
  • contar "história", raciocínio...
  • corrente elétrica...
  • registros...
  • retroprojetores...
  • cola quente...
  • soldador...
  • tomadas de 220 e 110V...

Intervenção... processo


Início de tudo

Onde executar a intervenção? Quais características o espaço deve ter? Que demandas precisam ser cumpridas? Como apresentar os objetos interativos? De que maneira incluir a perspectiva dos desenhos? Como mostrar o dossiê arquitetônico? Como integrar diferentes softwares? Como fazer a programação no Processing? Como explorar o digital? Como desenvolver os conceitos de interatividade, virtualidade e polivalência? Como?

Escolha

A necessidade de eleger um espaço da Escola de Arquitetura desencadeou uma série de descobertas. Um ligeiro passeio pelo prédio conduziu ao encontro com salas vazias, depósitos de aparência abandonada, laboratórios, corredores de iluminação diferenciada, escadas, enfim, dependências que, à sua maneira, possuíam potencial para a realização da intervenção.

A cantina suscitou grande curiosidade devido às suas características estéticas marcantes. Entretanto, a cozinha foi o espaço eleito. O intenso contraste entre o preto e o branco e a força que os azulejos possuíam naquele cenário era impressionante, e os três ambientes permitiam abertura para inúmeras possibilidades. Além disso, havia ainda o que se pode chamar de "mistério". Temporariamente desativada, a parte interna da cantina era desconhecida pela maior parte dos alunos, professores e funcionários e permitia ainda uma maior liberdade de trabalho para o grupo, por não ser uma área muito exposta. Pelo contrário, tratava-se de um ambiente verdadeiramente recluso, e foi grande o desejo de revelá-lo.

Idéias

O ambiente em muito contribuiu para o florescimento das idéias. Considerando que as características do espaço como cozinha realmente se sobressaíam, foi decidido que acentuá-las era a melhor alternativa. Com este objetivo, o próximo passo foi tecer uma relação entre o curso de arquitetura e o local. As primeiras inspirações apontavam para o processo criativo, presente tanto na cozinha quanto na arte e na arquitetura. A linha adotada foi o ateliê, espaço de criação, produção...

Execução

O processo de planejamento, montagem e a compra de materiais aconteceram simultaneamente. O grupo foi dividido de acordo com as demandas de cada sub-ambiente, havendo ainda uma divisão de tarefas.

PRIMEIRA SALA

O objetivo na primeira sala era deixa-la o mais escura possível. Para isso, as janelas foram tampadas com papel cartão preto e as paredes e a porta de entrada, cobertas com TNT preto. A torneira foi utilizada como contribuição à idéia de explorar os sentidos. Já as tiras de persiana, uma vez pintadas de preto, foram coladas no batente da porta interna como uma forma alternativa de passagem.

O uso da luz negra permitiu destacar a folha de papel canson em meio à escuridão, resultando em um efeito bastante interessante.



CORREDOR

Inspirado em um dos objetos interativos, o corredor possuía um circuito tal que era acionado no próprio piso, constituído por doze placas, sendo que cinco delas possuíam função apenas formal. As sete demais placas eram acionadas sob a pressão do caminhar e cada uma delas permitia a emissão de uma diferente série de palavras. Tal sistema só foi possível por meio do uso de programação.


COZINHA

A cozinha envolveu um maior número de elementos, sutilezas que compunham o ambiente e estabeleciam a relação entre arte, arquitetura e cozinha.

  • Na cozinha existem três pias e duas grelhas compridas horizontais. Uma das pias recebeu rolos de papel sulfite e manteiga, além de impressões utilizadas no dossiê arquitetônico. As duas outras pias e o escorredor receberam pratos transparentes descartáveis com aplicações de stencil. Estes foram produzidos pelo grupo, com base nas construções apresentadas na disciplina de História da Arte. Já as grelhas foram preenchidas com retalhos de TNT, folhas de papel sulfite e os stencils e transparências utilizados na intervenção.
  • Na superfície interna, foram desenhadas edificações que convergiam para pontos de fuga determinados pelo próprio exaustor. Por meio do retro projetor, foi possível encontrar e traçar sobre as transparências os pontos de fuga de cada uma das quatro superfícies. Os desenhos foram então executados sobre estes modelos e depois projetados e desenhados com marcador de quadro-branco preto diretamente no exaustor. Foram acrescentados leds de baixo brilho nos cantos do exausto para uma iluminação diferenciada. Cada lado do exaustor possuía um ponto de vista específico a partir do qual os prédios se apresentavam quase sem deformação e em direção ao infinito.


  • A estufa utilizada na cantina foi transformada de forma a exibir os trabalhos executados em Desenho Projetivo. Foi utilizado papel mantega para cobrir as faces, papel cartão para formar as laterais e transparências, nas quais versões editadas dos desenhos foram impressas. O forno elétrico também foi incorporado, recebendo também um desenho e papel mantega. O mostruário possuía duas lâmpadas fluorescentes e o forno, uma, sendo que o acionamento era feito por meio de reeds switch e ímãs. Estes últimos receberam um acabamento em biscuit, representando os azulejos brancos e o rejunte preto.


  • A busca por ingredientes utilizados na cozinha que pudessem contrastar com a bancada central de granito preto acabou por eleger o arroz, tanto pela facilidade de manuseio e quanto pelo incentivo ao tato. Por meio de uma webcam, foi possível captar as imagens formadas na bancada em tempo real. A programação foi responsável pelos ajustes de alto contraste, que permitia a alteração o vídeo enviado por outro grupo e a formação de imagens.


  • Os objetos interativos compuseram parte da iluminação, lançando cores e reflexos sobre diferentes superfícies, desde os azulejos até fôrmas e panelas.


  • Pincéis, esquadros, lápis, marcadores, tintas, sprays e outros instrumentos utilizados nos campos da arte e da arquitetura conviveram com utensílios da cozinha.


Oi Futuro I

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Intervenção... bastidores? making of?

  • O trabalho em grupo aconteceu de maneira muito tranquila, desde as escolhas até as tantas tardes (e noites) que passamos juntos. Sem brigas (apesar do elevado nível de estresse...), mas com possibilidade de discutir diferentes e variadas opiniões.
  • O processing exigiu muito cuidado e dedicação...
  • O TNT na montagem e desmontagem rendeu uma quantidade de trabalho inimaginável (muita cola branca, quente, silver tape, etc... e na desmontagem.... espátulas, esponjas, facas, Veja, detergente, bombril, água, e paciência, muita paciência).
  • Alguns acidentes aconteceram, é claro... torneiras, fios, faíscas, quedas.... e renderam muitos risos...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Comentário dos objetos interativos

ANÁLISE CRÍTICA EM GRUPO
(Mariane, Marina e Nathália)
PRODUÇÃO INDIVIDUAL DO TEXTO


Jéssica - Máquina de fazer poema dadaísta

O objeto partiu de uma idéia muito interessante que uniu conhecimento e experiência. O resultado obtido também foi muito do bom, especialmente do ponto de vista estético, uma vez que o acabamento transmitia as características do poema dadaísta: pequenas partes que juntas formam um todo.

Quanto à interatividade, esta se dá de forma mais ampla no plano do intelecto, pois o acionamento do objeto é simples, mas cada pessoa pode alcançar diferentes interpretações do poema partindo do mesmo grupo de palavras obtidos por meio do funcionamento da máquina. Tendo em vista os conceitos trabalhados em aula de polivalência e virtualidade, é possível afirmar que o objeto em questão não é polivalente ou virtual, pois possui uma única função pré-definida: trata-se de uma máquina de fazer poema dadaísta. Sendo assim, o objeto é fechado se considerarmos sua proposta, porém é diverso na função que lhe foi atribuída.

Bárbara Groppo

O objeto criado permite uma grande possibilidade de interação, uma vez que não exige um conhecimento musical prévio e constrói uma ligação com a pessoa que fizer uso dele, respondendo aos estímulos recebidos e realmente envolvendo-a num universo de sons, sensações e imagens.

Em relação à virtualidade, o objeto pode alcançar um uso não previsto anteriormente, devido à abertura que possui. O grupo pensou em sua utilização em ambient display em uma maior escala e possível desconstrução.

Maria Clara

O efeito alcançado por meio das luzes e da textura criada é bem interessante. Porém, há uma limitação na interatividade, uma vez que apenas uma pessoa pode fazer uso dele. Quanto ao ser virtual ou não, permaneceu uma dúvida na discussão em grupo. Talvez o objeto possa ter suas características visuais exploradas de formas diferentes.



segunda-feira, 11 de maio de 2009

Oi Futuro

Visita ao Museu Oi Futuro

O Museu Oi Futuro apresenta-se como museu das telecomunicações e, como tal, retrata o desenvolvimento desta área ao longo da história. Por meio do uso de formas e tecnologias em certo grau diferentes, é narrada desde a chegada do telefone ao Brasil até a eleição de Barack Obama. Entretanto, a constante referência ao passado e a utilização de tecnologias já difundidas e até mesmo desatualizadas acarretam a geração de um conflito com o nome dado ao local. Futuro? Presente? Ou passado?

Definido como interativo, o museu realmente deixou a desejar neste quesito, uma vez que a interação se resume a um sistema muito próximo ao controle remoto da televisão e a escutar uma gravação longa por demais.

Ainda assim é preciso observar a maneira cuidadosa com a qual o design do espaço foi concebido.

Considerando o aspecto mais pessoal, creio que esta visita permitiu a visualização de formas alternativas de apresentar a informação, algo que foi essencial para o processo de desenvolvimento dos demais trabalhos da disciplina e ainda será muito relevante no decorrer do curso de arquitetura.

Visita ao Inhotim

Nesta nova visita ao Inhotim, foi possível confirmar minhas expectativas e a mudança na minha forma de ver as coisas nestes últimos meses.

A cada galeria, a arte apresentava suas inúmeras facetas e incontáveis possibilidades. A galeria Adriana Varejão, que eu não conhecia, possui uma arquitetura fantástica que contrasta com o entorno de jardins, matas, mas, ao mesmo tempo, o valoriza. As obras exploram as cores, formas e reflexos tanto da própria obra quanto da água do lago,de forma a enriquecer todo o conjunto.

Algo impressionante é a maneira com que as obras que exploram principalmente os recursos de áudio são capazes de sensibilizar, tocar, emocionar. O imaginar complementa os ouvidos e praticamente substitui a visão.

A ida ao Inhotim valeu cada segundo e realmente trouxe inspiração para o próximo projeto, a intervenção.

domingo, 10 de maio de 2009

Museu Inimá de Paula

O Museu Inimá de Paula está localizado à rua da Bahia, 1201, em Belo Horizonte. O acervo é formado por obras do pintor e desenhista mineiro Inimá José de Paula, considerado o mais autêntico intérprete da chamada "sensibilidade tropical". As cores intensas e as pinceladas fartas traduzem de forma intensa e viva a cultura brasileira.

Arte Cibernética
Em exposição temporária, encontram-se obras em que "o universo da tecnologia encontrou o universo da arte".

Em OP_ERA: Sonic Dimension, de Daniela Kustchat e Rejane Cantoni, permite uma experiência permeada pela sensibilidade. Essa instalação é constituída por um cubo aberto com linhas luminosas distribuídas em sua superfície, que podem ser tocadas pelo observador. De acordo com a posição relativa do observador e o modo de interação , sons e melodias são formados, e o mais interessante é a variedade que é obtida a partir de apenas quatro caixas de som.

Na obra de Camille Utterback e Romy Achituv, Text Rain, há uma interação das projeções: o corpo dos participantes é combinado ao poema que "cai" em forma de chuva. O nível de abertura da instalação permite uma grande possibilidade de interação e um divertimento real.

Em Les Pissenlits, a sedução tanto pelas imagens quanto pela interação é intensa. O sopro do espectador definem os movimentos dos objetos virtuais, as sementes de dentes-de-leão. Os artistas Edmond Couchot e Michel Bret trazem a natureza ao universo da tecnologia.


Essa exposição contribui para a ampliação da visão acerca das possibilidades de interação que a tecnologia possui.


Obs: INTERVENÇÃO... AQUI VAMOS NÓS!!!!


Processing - trabalho com animação



Código:

float x = 0.0;
float y = 0.0;
float atraso = 0.05; // de 0.0 a 1.0

void setup() {
size(500, 500);
smooth();
}

void draw() {
background(0);
noStroke();
fill(255);
rect(50,50,400,400);
fill(0);
rect(100,100,300,300);
fill(255);
rect(150,150,200,200);
fill(0);
rect(200,200,100,100);
float targetX = mouseX;
float targetY = mouseY;
x += (targetX - x) * atraso;
y += (targetY - y) * atraso;
fill(255);
rect(x, y,80,80);
fill(0);
rect(x+20, y+20,40,40);
}

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Objeto Interativo em construção




Materiais:

  • papel paraná
  • papel cartão
  • transparências
  • pincel atômico
  • cola branca
  • cola quente
  • tinta guache
  • tinta spray
  • prato de vaso de plantas
  • tubo e peças de pvc
  • fita isolante
  • fios elétricos
  • dimmer
  • lâmpada incadescente 60W

O primeiro problema era encontrar as peças adequadas para montar o sistema giratório com três patamares. Uma ida ao depósito e uma conversa com (caridosos) funcionários resolveu tudo: um pedaço de cano de PVC e peças de encanamento (?).

O processo de construção foi muito mais demorado e trabalhoso do que eu esperava. Foram necessárias 18 peças vazadas de três tamanhos diferentes de papel paraná e a espessura desde último foi um obstáculo e tanto. Uma vez cortadas, as peças receberam papel cartão preto e foram coladas umas nas outras formando três estruturas vazadas. A peça interna e a maior receberam texturas construídas com recortes de papel cartão, e a intermediária, três transparências coloridas com pincel atômico.

O circuito com apenas uma lâmpada e um dimmer, era ligado diretamente na tomada.

Objeto Interativo Final

A estrutura giratória permite a composição de imagens por meio da sobreposição de texturas e cores. Há uma expansão do objeto por meio das projeções, que, por sua vez, interagem tanto com o ambiente quanto com o usuário.







Interior do objeto
O objeto possui alguns pontos de certa forma deficientes, como o acionamento e a interação limitada ao aspecto mais visual.

Processing... primeiro trabalho...



Código:

size(400,400); // tamanho
background(255); // cor fundo
noStroke(); // figuras sem margem
fill(0,200,250); // cor retang 1
rect (0,0,50, 350); // tamanho retang 1
fill(0,250,250); // cor retang 2
rect (70,100,20, 500);// tamanho retang 2
fill(0,150,250);// cor retang 3
rect (100,0,20,300);// tamanho retang 3
fill(0,100,250); //cor retang 4
rect (125,20,10, 575);// tamanho retang 4
fill(0,200,250); // cor retang 5
rect (150,10,20, 750); // tamanho retang 5
fill(0,50,250); // cor retang 6
rect (180,0,25, 300); // tamanho retang 6
fill(0,250,250); // cor retang 7
rect (210,5,10, 500);// tamanho retang 7
fill(0,25,210); // cor retang 8
rect (235,0,45, 350); // tamanho retang 8
fill(0,15,245); // cor retang 9
rect (285,100,20, 450);// tamanho retang 9
fill(0,100,230); // cor retang 10
rect (320,0,30, 400); // tamanho retang 10
fill(0,250,250); // cor retang 2
rect(375,20,5,400);
fill(0,0,139); // colorir os círculos
ellipse (50,50,50,50);
ellipse (150,300,100,100);
ellipse (250,350,75,75);
ellipse (210,250,50,50);
ellipse (200,100,150,150);
ellipse (400,250,90,90);
ellipse (0,125,90,90);
ellipse (350,400,90,90);
ellipse (400,0,125,125);
Obs: Que dificuldade para conciliar a visualização de código e imagem!!!

sábado, 2 de maio de 2009

Resenha - "Design: obstáculo para a remoção de obstáculos?"

No texto “Design: obstáculo para a remoção de obstáculos?”, publicado em 1988, o filósofo tcheco, naturalizado brasileiro, Vilém Flusser faz uma reflexão do objeto com base em todas as suas contradições e dualidades.

A contradição primeira consiste no fato de que um objeto é um obstáculo projetado para remover outros objetos ou obstáculos. Entretanto, como forma de ir além dessa contradição, é apresentada a visão da dualidade que o objeto possui: o lado problemático, de ser obstáculo, e o lado dialógico, de mediar as relações entre os homens.

A partir da visão do objeto, surge a ampliação do processo criativo que, por sua vez, também é perpassado por essa lógica. A criação de um objeto envolve dois pontos básicos: o design e as relações. Atualmente, o design, de caráter objetivo, tem sido quase que o centro de todo o processo criativo, resultando, segundo Flusser, no encolhimento do “espaço da liberdade na cultura”. Quanto às relações, estas correspondem ao aspecto intersubjetivo, e têm como consequencia a expansão da liberdade.

Uma vez considerada a criação do objeto, é necessário considerar também seu descarte. Esse processo traz consigo a consciência da efemeridade das formas e de como uma criação responsável pode trazer menos obstáculos e mais mediadores de homens.

O texto de Flusser transmite ao leitor a importância de uma criação responsável, do pensar nas implicações subjetivas, ainda que não seja possível supô-las em sua totalidade, pois caberá não ao criador, mas sim ao usuário encontrar novas e dantes impensadas relações.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Inhotim: impressões e expectativas renovadas

Algum tempo atrás, me foi oferecida a oportunidade de visitar Inhotim e, confesso, cedi um tanto contrariada. Depois de uma estradinha desagradável, dei com a área de estacionamento que, por si só, já é o prenúncio de que algo especial está por vir. Mais uma ligeira caminhada e estava na entrada. E que entrada!

O ambiente de Inhotim é algo totalmente diferente, inesperado.... é, sem exageros, de tirar o fôlego. O que me chamou a atenção em um primeiro olhar foi o paisagismo: são cenários maravilhosos que se descortinam a cada curva do caminho. Conceitos de Burle Marx!




É impressionante a maneira com a qual arquitetura e arte estão integradas ao meio ambiente. Construções sobre lagos, galerias em meio a matas, formas que destacam o que há de melhor na natureza que se espalha sobre todo o parque.




Em relação às obras, foi Cildo Meireles que mais se destacou. Através traz uma sensação totalmente inusitada. Caminhar sobre vidro? Em uma situação cotidiana, jamais passaria pela nossa cabeça passar sobre os cacos do prato ou copo quebrado! Já Desvio para o vermelho, esta é literalmente capaz de mexer com a nossa cabeça. 




Resumindo: ao final da visita, o mal-humor tinha passado e a sensação era pura admiração. Um lugar desses no Brasil? E em Brumadinho?

Quando olho para trás, penso no quanto minha forma de ver as coisas mudou somente nestes últimos dois meses do curso de arquitetura. Os horizontes foram ampliados e os olhos passaram a pousar sobre detalhes que antes nunca seriam notados. Agora as expectativas nessa nova visita são outras. Não se trata somente de admiração, mas inspiração e estímulo para novas idéias e projetos.

domingo, 5 de abril de 2009

Tentativa de objeto interativo...





Materiais

- um bicho de pelúcia destruído (cuja caixa de som foi utilizada, mas se recusou a funcionar na apresentação)

- peças de KNEX (estrutura que felizmente permaneceu inteira)

- leds (que milagrosamente não queimaram)

- papel alumínio (que não cumpriu seu papel de forma eficiente)

- papel celofane

- muita fita adesiva


Conclusão

- Eu não sei mexer com circuitos

- Preciso aprender MUITO ainda

- Minha criatividade precisa ser desenvolvida (se é que isso é possível)

- Meu objeto não era interativo. Nem criativo. Nem polivalente. Porém, creio que atingiu a essência da proposta (em parte).

quinta-feira, 26 de março de 2009

Performance e Hertzberger



A essência da performance de nosso grupo era mostrar que muitas pessoas, inclusive nós mesmos, transitam pelos espaços sem percebê-los de fato. Tratam-se apenas de atos mecânicos. Um passar por uma casa antiga, bem conservada, sem atentar para seus detalhes tão bem trabalhados... O andar por praças e parques sem sequer observar a vegetação que os enriquecem... O subir e descer uma escada sem perceber a obra verdadeiramente escultural que ela é.

Entretanto, a transformação de um ambiente ou a contribuição pessoal de alguém pode trazer um envolvimento mais intenso não apenas dela, mas também de terceiros que, por ali passando, têm seus sentidos despertados por essas alterações. Ambientando tudo isso em nossa performance, percebe-se que o toque de papel crepon executado por duas pessoas que sentiram a necessidade de tornar aquele espaço mais "seu", afetou também outros que passavam pela escada e pelo hall. Isso é evidenciado pelas pessoas que realmente desconheciam que se tratava de uma performance e que, ao transitar pelo hall, tinham suas feições ou mesmo seus percursos alterados pelas mudanças ocorridas naquele ambiente, seja pelo número de pessoas que ali estavam, seja pelo verde acrescentado à escada.
Relacionando Hertzberger, nossa performance e a nova realidade como alunos da Escola de Arquitetura da UFMG, percebemos que um espaço ou elemento arquitetônico deve abrir espaço para que possamos torná-lo "nosso", permitir que deixemos de ser usuários, que deixemos apenas de subir e descer suas escadas, porém possamos nos sentir responsáveis por ele e tê-lo como nossa segunda (ou primeira...) casa.


segunda-feira, 23 de março de 2009

trabalhos no photoshop..... aqui estao!!


Finalmente consegui postar.....

Fusão de Mapas


Essa foi uma tentativa (frustrada...) de fundir um mapa desenhado por mim e o Google Maps. Representar 10km à mão livre e sem escala nenhuma... 

Foi interessante a oportunidade de um primeiro contato com o photoshop... quantos comandos!! 

Complexo Arquitetônico da Pampulha


O Complexo Arquitetônico da Pampulha é um dos principais cartões postais de Belo Horizonte. Rompeu com as linhas retas e conservadoras da década de 40, introduzindo as curvas arrojadas do Modernismo. Nas palavras de Flávio  Lemos Carsalade, diretor da Escola de Arquitetura da UFMG, "a Pampulha significa a maturidade e a modernidade da arquitetura do Brasil. Influenciou até mesmo os pioneiros , modificando o jeito de fazer arquitetura."

Apesar de ser hoje uma referência mundial como símbolo da arquitetura modernista, a Pampulha também foi alvo de inúmeras controvérsias. Arquitetos funcionalistas questionaram o porquê das curvas da marquise da Casa do Baile e a Igreja não permitiu, por muitos anos, a consagração da capela devido à forma nada ortodoxa da construção e ao painel de Portinari onde se vê um cachorro representando um lobo junto à São Francisco de Assis.

Photoshop

Para a matéria de Plástica e Expressão Gráfica, foi pedido uma imagem que trabalhasse com o Complexo Arquitetônico da Pampulha em escalas diferentes. No caso, foi utilizada um a escala do croqui da Casa do Baile de Niemeyer, a visão mais distanciada do antigo Cassino e atual Museu de Arte, e a perspectiva de passantes em relação à Casa do Baile e à Igreja de São Francisco de Assis. Em relação às imagens, algumas sofreram alterações nas cores, brilho, contraste, e opacidade, mas todas tiveram suas dimensões transformadas.

Referências:

http://pt.wikipedia.org
http://bhnoticias.spaces.live.com
 


domingo, 22 de março de 2009

eu nao consigo postar imagens....

Eu ja tentei postar os mapas sobrepostos e a montagem da pampulha mil vezes.... sempre fala que houve "um problema interno"! ajuda!!!!!

terça-feira, 10 de março de 2009

Discussão (aula) - Rush Hour Le Parkour (BBC)

Sabe-se que o princípio do parkour é mover-se de um ponto a outro de forma não só rápida e eficiente, mas também NATURAL e FLUIDA. 

"Everything must combine speed, fluidity, aesthetics and originality."
 (http://news.bbc.co.uk)

Se assim pensarmos, perceberemos que apenas para espectadores leigos (como eu mesma) a música utilizada no comercial da BBC entra em contraste com o parkour. Isso porque a essência dessa atividade possui total correspondência com a melodia fluida, dançante de Sway with me... É ela que traz à tona a impressão de que o parkour é algo corriqueiro, normal, enfim... natural. Ao menos para David Belle!

sábado, 7 de março de 2009

Estratégias do caminhar.....

Vagabundear? Cidade? Perambular? Consciência? Corpo? Espaço? Crítica? Circular? Influência? Arquitetura? sim................

Obs: Em pensar que a flanerie havia ficado para trás.... eis que ela ressurge!!! Acho que posso dizer que agora vejo esse vagabundear de uma forma um pouco diferente... longe da loucura, insanidade, pressão do vestibular....! Ampliando os horizontes???



Flanêur


É um indivíduo que traduz, intelectualmente, aquilo que observa nas ruas. Mais que um simples participante do cenário das ruas, o flanêur de Charles Baudelaire tem um papel fundamental na compreensão e descrição da cidade.

 

A flanerie não é apenas um perambular, um andar sem rumo pela cidade, mas um caminhar observador, consciente. O flanêur circula entre todas as camadas da sociedade, desde os salões até os becos obscuros, sendo um crítico da forma uniforme e anônima com a qual as pessoas são tratadas na vida moderna dos centros urbanos.

Parkour


É uma disciplina na qual seus praticantes se mover de um ponto a outro, atravessando todos os obstáculos encontrados pela frente, da maneira mais rápida, eficiente e natural quanto for possível.

 

O Parkour não é composto por meros movimentos, mas envolve uma filosofia que justifica sua execução. Não se trata de impressionar terceiros, mas buscar motivações pessoais.

Deriva

A deriva baseia-se na consideração do lugar urbano como algo que transcende seu espaço propriamente dito, alcançando as situações de uso que este abriga. Realizado em jornadas, entre o nascer e o pôr-do-sol, o procedimento da deriva consistia em andar sem rumo em meio à cidade escolhendo que direção tomar somente de acordo com a influência exercida pela paisagem, de forma a gerar um conhecimento interno a cada pessoa.

 

A relação desta estratégia de caminhar com o papel do arquiteto é que este não mais prevê ou controla o que irá acontecer no espaço desenhado por ele, cabendo somente ao habitante a verdadeira criação do lugar.

 

“Todo espaço é temporário, nada é reconhecível, tudo é descoberta, todas as coisas mudam, nada serve como um monumento ou marco urbano.”

                                                                                                     (SADLER, S. Op. Cit. 143)

Situacionismo (1957-1972)

Um movimento europeu de crítica social, cultural e política, o grupo dos situacionistas se definia como “vanguarda artística e política”. Tendo como uma utopia uma sociedade comunista próxima aos ideais anarquistas, o Situacionismo criticava os efeitos perversos do capitalismo, como, por exemplo, a transformação da cultura em um mero produto. Quanto ao porquê do nome do movimento, este é justificado pela idéia de que os indivíduos deveriam construir situações em seu próprio cotidiano, explorando seu potenciaL, buscando o prazer próprio e indo além da realidade mecanizada em que vivia a maior parte da sociedade.