A deriva baseia-se na consideração do lugar urbano como algo que transcende seu espaço propriamente dito, alcançando as situações de uso que este abriga. Realizado em jornadas, entre o nascer e o pôr-do-sol, o procedimento da deriva consistia em andar sem rumo em meio à cidade escolhendo que direção tomar somente de acordo com a influência exercida pela paisagem, de forma a gerar um conhecimento interno a cada pessoa.
A relação desta estratégia de caminhar com o papel do arquiteto é que este não mais prevê ou controla o que irá acontecer no espaço desenhado por ele, cabendo somente ao habitante a verdadeira criação do lugar.
“Todo espaço é temporário, nada é reconhecível, tudo é descoberta, todas as coisas mudam, nada serve como um monumento ou marco urbano.”
(SADLER, S. Op. Cit. 143)
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